O modelo do átomo proposto por Niels Bohr em 1913 descrevia o elétron girando em torno do núcleo em uma órbita bem definida. Essa explicação, no entanto, não resistiu aos avanços teóricos da física quântica, que demonstram que o movimento do elétron não é tão simples. De acordo com a mecânica quântica, o elétron é uma partícula com comportamento ondulatório, ou seja, não possui uma trajetória bem definida.

No entanto, a principal questão que precisamos responder é: por que o elétron não cai sobre o núcleo, devido à atração gravitacional e eletrostática entre as duas partículas? A resposta está na força eletromagnética, que é responsável por manter o equilíbrio entre a força atrativa e repulsiva entre elétrons e núcleos.

Essa força é produzida por uma troca constante de partículas carregadas entre elétrons e núcleos, que resulta em uma atração ou repulsão entre as partículas. A intensidade da força depende da carga elétrica e da distância entre as partículas. Quando o elétron está em uma órbita mais distante do núcleo, a força de repulsão é menor e a força atrativa é maior, mantendo o átomo estável.

No entanto, há ainda uma questão que perturba alguns estudantes de física: se o elétron é uma partícula com carga elétrica negativa, por que ele não é atraído pelo núcleo, que possui carga elétrica positiva? Novamente, a resposta está na força eletromagnética, que é uma força de contato e depende da distância entre as partículas.

Na verdade, o elétron é atraído pelo núcleo, mas essa atração é equilibrada pela força centrífuga gerada pelo movimento orbital do elétron. Essa força é produzida pela tendência do elétron em continuar se movendo em sua trajetória, sem colidir com o núcleo.

Em resumo, podemos afirmar que a estabilidade do átomo é uma consequência da força eletromagnética, que regula a relação entre elétrons e núcleos dentro do átomo. A mecânica quântica nos revela um mundo fascinante de partículas subatômicas e processos físicos complexos, que nos ajudam a entender melhor a natureza e o universo em que vivemos.